Você já ouviu falar de sarcopenia?
De etimologia grega sarcopenia significa "perda de carne" e é exatamente esse o significado.
A sarcopenia é definida por diminuição de massa muscular acompanhado de diminuição de força levando o indivíduo a incapacidade com perda de habilidades, perda de autonomia, aumento da chance de fraturas ósseas pelo maior risco de osteoporose.
É uma doença muito comum na população idosa, segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, cerca de 15% dos brasileiros com mais de 60 anos tem sarcopenia, podendo chegar a 46% nos com mais de 80 anos. Mas não é somente no idoso que acontece a sarcopenia, pode ocorrer tambem em pacientes com câncer, que tiveram algum tipo de traumatismo grave, doeças infecciosas ou inflamatórias graves, que levam a uma perda muscular até pior que a do idoso.
E por que isso acontece?
No idoso pode ser causada por alterações hormonais e fisiológicas do próprio envelhecimento do corpo, mas tambem por sedentarismo e uma alimetação ruim, pobre em proteínas, vitaminas e minerais, além de um estilo de vida ruim no geral, como etilismo e tabagismo.
Em pessoas saudáveis, a diminuição da massa magra começa por volta dos 30 anos de idade, com perdas em torno de 1 a 2% ao ano. Sem medidas preventivas, idosos com 80 anos de idade podem ter 50% menos massa muscular que tinha na juventude.
Quais são os sinais da sarcopenia?
A perda de massa muscular costuma demorar para ser percebida, mas alguns dos sinais iniciais são:
Como é feito o diagnóstico?
É preciso evidência de perda de massa muscular esquelética ou da qualidade da mesma e de força.
Com exames como bioimpedânciometria ou Densitometria corporal total (DEXA) conseguimos a evidência de diminuição de massa muscular.
Já para evidenciar a perda de força podemos aplicar alguns testes como:
Como tratar:
O tratamento envolve exercício físico de resistência, como musculação, e dieta rica em proteína de alto valor biológico.
O idoso tem uma resintência anabólica dificultando absorção de proteína, precisando ingerir uma maior quantidade de proteína por porção e uma quantidade em torno de 2 a 2,4 g/kg/dia no total, além disso o idoso também produz menos ácido clorídrico, tendo uma hipocloridria, que dificulta a digestão da proteína, já que essa digestão começa no estômago e precisa de um meio ácido para isso. O idoso também comoça com uma dificuldade na alimentação devido a maiores problemas dentários, é comum idosos apresentarem depressão e diminuirem a vontade de comer.
Exercício físico de resistência, com orientação e, se possível, supervição de um profissional de educação física é imprescindível, esse estímulo na musculatura que fará com que ocorra o anabolismo aumentando essa massa muscular, além de ajudar muito na osteopenia e osteoporose.
Alguns suplementos são de suma importância, a creatina por exemplo, ajuda no aumento da força, aumentando o estímulo do musculo lá na musculação, além de alguns estudos mostrarem benefício no sistema nervoso centtral também.
Whey é de grande valia, principalmente naqueles idosos que não conseguem comer carne em quantidade suficiente, ou que apresentam problemas dentários ou que são vegetarianos, por exemplo, no caso de um paciente vegano lançamos mão de proteína vegetal.
O recado principal é que prevenir a sarcopenia é muito mais fácil que tratá-la, precisamos nos preocupar com nossa "poupança" muscular, boa alimentação e exercício fisico de resistência o quanto mais cedo possível.